quarta-feira, 27 de julho de 2011

Ás vezes levamos umas bofetadas de luva branca de quem menos esperamos e, mais grave ainda, não merecemos. Isso aconteceu comigo hoje, e doeu. Dói mais ainda quando essas atitudes veeem de pessoas a quem queremos bem e de quem somos verdadeiramente amigo. Mas a vida é mesmo assim, pontapé dali, bofetada acolá e continuamos nesta caminhada longa e cansativa que por vezes, a vida é. Um constante aprender, um constante sofrer, uma alegria aqui e ali... É complicado gerir a vida e é também cansativo. Hoje sinto-me cansada desta vida tão igual e por vezes tão sofrida. Ás vezes sou chata por tanto querer aos meus amigos. Fico com a sensação que os canso, e então isolo-me e fecho-me na minha concha. Não gosto de ser peso para ninguém. Remeto-me ao meu canto e aos meus fieis amigos, para quem sou Deus, os meus cães. Esses nunca se cansam de mim e as lágrimas que me fazem soltar ou são de alegria ou de saudade de os ver partir. Estão sempre lá para me mimarem e dizerem sem palavras, apenas com o olhar o quanto me amam. Nada pedem e sempre dão. Que mais posso querer? Deles eu sei sempre o que posso esperar enquanto dos humanos nunca sei o que esperar...Nobres animais que ajudam a dar sentido à nossa exixtência!!!

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Mãe!

Mãe!

Não há palavras para descrever este amor sem fronteiras que existe entre uma mãe e uma filha. É umolhar, um sorriso, umaa palavra meiga, um gesto que nos liga num laço infindável de amor. É ver os anos a passar, as dificuldades a chegar e lá está a filha para, agora no papel de mãe, dar um mimo, um carinho, umas pavras de ternura e dizer "deixa estar, não tebhas medo, eu estou aqui " . É devolver em dobro todo o carinho e segurança que nos foi dado em criança.
Nós, filhos, que sempre pensamos que os pais são imortais, vemos ao longo dos anosque aos poucos tudo se vai deteriorando e afinal eles partem. Mas a mãe! ah! a Mãe é sempre especial! Foi do seu ventre que saimos.Foi toda a ligação de nove meses que permanece ao longo de uma vidae que nunca se desliga. O cordão umbilical só se parte quando ela parte também!
E no meu caso (permita-se-me o egoísmo! ) quando ela partir eu acho que parte de mim vai com ela!
Mãe! É um amor sem limites, é afinal o melhor e o maior amor do mundo! Adoro-te minha Mãe

sábado, 11 de junho de 2011

Deserto da felicidade

tenho saudades tuas... do teu silêncio ....quando partilhavamos longos silêncios de cumplicidade!tenho saudades do deserto e daquela terra e areia amarela onde me senti em casa, no meu meio, no meu ambiente! Era ali que eu pertencia...àquele silêncio apenas quebrado pelo esvoaçar de uma águia solitária. Ali...a milhares de quilómetros de casa eu senti-me parte do cenário, do ambiente...de tudo o que por ali existia...a areia...o castelo....as águias, os camelos....e o silencio. Nesse deserto de Palmiras (Síria) eu senti a felicidade que quase me sufocava pois tudo aquilo parecia um dejà vúe ...onde até os cheiros me pareciam familiares...O tempo parecia ter parado e nada mais existia senão a suprema calma da felicidade! E ao longe...em pleno deserto existia um enorme lago azul, que mais parecia uma miragem mas que não o era...era mesmo um lago, azul cristalino... e como foi bom sentir a felicidade tão forte...tão intensa que lágrimas correram cara abaixo... aí então descobri...descobri-me, que já podia morrer porque conheci a felicidade suprema do ser! Tal como o deserto se foi apoderando de mim, assim foi a felicidade que senti, fugidia, é certo, mas tão intensa que passados anos ainda consigo visionar todos os locais , todas as águias e camelos e sentir todos cheiros e sabores do meu lugar de eleição! Talvez nunca mais lá volte...mas o sentimento e a saudade permanecem! Tal como um amor que nunca se concretizou...Ah! saudade!Ah deserto! Foi tanto e tão pouco para ser feliz!!!

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Estou cheia de mim...de andar e voltar sempre ao ponto de partida...este infernal circulo da minha vida...onde me procuro...onde te procuro e nada nem ninguém me responde. Terrra de surdos...terra de tristes, onde do cinzento se tenta fazer ouro! Enganamo-nos continuamente,fingindo ter esperança debaixo de um sorriso aberto que apenas serve para esconder as nossas frustrações! Sinto-me rebentar de raiva por nada conseguir fazer pelos que amo...pelos que não amo...

sábado, 21 de maio de 2011

Queria dar-te um sorriso e ele não sai...esta nostalgia não se despega de mim...eu raspo e raspo mas ela qual cola resistente não sai. Tenho saudades de mim...da gargalhada fácil e limpida no tempo em que havia segredos e sonhos...agora só saudade...e a dor de ver os dias escorrerem lentamente pela vidraça da minha vida...Tudo está tão baço...tão cinzento...tal como os nossos velhos descartados pela família e pela sociedade.


Queria dar-te um sorriso, mas apenas me sai um soluço...pela impotência de nada poder fazer...e queria tanto gritar que a vida não é isto...e apertar a tua mão e dizer o quanto me ensinas meu velho, com a tua experiência de vida que agora é todos os dias humilhada pela indiferença dos outros. E este lamento é apenas o desabafo de ver a vida passar...lenta, triste... e revejo-me na tua desilusão na tua triste solidão. no teu silencio impotente. Da minha janela olho a rua e a janela do outro prédio onde uma velhinha pendura todos os dias quase religiosamente a gaiola do seu pássaro companheiro... A gaiola da tua vida afinal...De onde não pode sair e de onde ninguém te solta... E ao longe de mansinho, muito de mansinho sentem-se uns passos que vem e que te farão finalmente tropeçar no infinito...Queria tanto dar-te a mão e um abraço muito forte porque todos os dias te acompanhei da minha janela....Afinal sem o saberes não estavas só...